Colesterol alto:
silencioso e perigoso!
Tatiana Facciolo da Mota
Nutricionista Clínica
O Colesterol é uma substância
lipídica essencial e de grande importância para o organismo. Além de auxiliar
na síntese de alguns hormônios, ele faz parte da estruturação das nossas
membranas celulares. É obtido de duas formas: sintetizado pelo organismo humano
(colesterol endógeno) e adquirido através da dieta, com maus hábitos
alimentares (colesterol exógeno).
Existem pessoas que apresentam
alterações genéticas do metabolismo do colesterol, produzindo maior quantidade
e elevando suas taxas no sangue, porém a grande maioria tem os índices elevados
pelos hábitos alimentares errôneos com grande ingestão de colesterol, principalmente
em gorduras saturadas, provenientes de gordura animal.
O colesterol total é transportado
no sangue por 2 tipos de lipoproteínas: o LDL, conhecido como colesterol ruim,
sendo ela uma proteína de baixa densidade que se une ao colesterol para
transportá-lo pelo corpo carregando-o para dentro das artérias e o HDL, o
colesterol bom, com alta densidade, que vai retirando o mau colesterol que foi
depositado no sangue, fazendo uma espécie de varredura.
Com o excesso, os resíduos do mau
colesterol se fixam na parede das artérias, formando as placas (ateromas) de
gordura prejudiciais à saúde, impedindo a livre passagem do sangue, podendo
causar infartos ou derrames pelo entupimento ou necrose da parte não irrigada.
O aumento do colesterol passa a
ser prejudicial quando as taxas de LDL estão mais altas do que deveriam, e a
gordura começa a se acumular. Assim inversamente proporcional, o HLD diminui e
fica mais difícil retirar o excesso. O ideal é que os números de LDL se mantenham
baixos e os de HDL altos. As taxas podem ser medidas com exames de sangue e
seus valores variam de acordo com o estilo de vida da pessoa (sedentária ou
praticante de exercícios) e com o peso corpóreo.
Para manter o colesterol no valor
ideal, é necessário ter uma alimentação balanceada, evitando gorduras saturadas,
que são as provenientes de gordura animal e não abusando do açúcar e álcool. É
importante evitar carnes gordurosas, ovos, embutidos, como mortadela, salames,
peles de aves, presunto e salsicha. O leite e iogurte integrais devem ser
trocados por versões desnatadas e os queijos cremosos e amarelos substituídos
por variações brancas.
A reeducação alimentar com
aumento de fibras solúveis, os exercícios físicos que melhoram os níveis do HDL
e o abandono do tabagismo auxiliam bastante na diminuição do mau colesterol sangüíneo.
Às vezes é necessário aliar medicamentos orais para complementação do
tratamento, mas com toda certeza incorporar mudanças de hábitos à rotina diária
faz toda a diferença para uma nova etapa de vida mais saudável!
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